
Dom Francisco de Campos Barreto
Bispo de Campinas-SP e Fundador da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado
Conheça Dom Barreto e sua devoção à Nossa Senhora das Dores
Dom Barreto nasceu no Arraial dos Souzas, em Campinas, no dia 28 de março de 1877, filho de Joaquim de Campos Barreto e de Gertrudes Leopoldina de Morais, família tradicional da cidade.
Ainda menino tornou-se coroinha do então Cônego Nery da Matriz Velha. Desse grupo de coroinhas sairiam cinco Bispos. O próprio cônego viria a ser Bispo de Campinas, diocese criada por São Pio X.

A mãe de Dom Barreto era devotíssima de Nossa Senhora das Dores e seu pai meditava sobre a Paixão de Cristo frequentemente. Ainda menino, seu pai lhe daria de presente o livro O relógio da Paixão que seria decisivo em sua vida espiritual.
Muito cedo ingressou no seminário e foi ordenado sacerdote aos 24 anos. Dom Nery que fora seu pároco, agora era seu Bispo.
Um homem santo e dado às obras de instrução e caridade. Já nos primeiros anos de sacerdócio, o zelo pastoral levou Dom Barreto a pregar, confessar e dirigir muitas pessoas. O púlpito da Catedra de Nossa Senhora da Conceição tornou-se um dos lugares em que ele mais dedicou-se à salvação das almas.
Em 1908, o Núncio Apostólico do Brasil, a pedido de São Pio X, começou a sondar possíveis localidades para instalar novas dioceses. Sabendo disso, o Padre Barreto lutou como pôde para provar que Campinas tinha todo o necessário para que a escolha recaísse sobre a região, como de fato ocorreu. Por conta de sua dedicação recebeu o título de Monselhor e passou a assistir vários grupos de leigos.

Nessa época conheceu a vida de São João Maria Vianney, a quem tomou como patrono e também conheceu a vida de uma religiosa que sequer era beatificada: irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. Ambos os santos o acompanhariam juntamente com Santa Gema Galgani.

Dom Barreto eleito Bispo
Em 1910, São Pio X elege Monsenhor Barreto como o primeiro Bispo Diocesando de Pelotas-RS. Dom Barreto foi sagrado por Dom Nery, tomou posse de sua diocese onde criou paróquias, fundou um jornal, uma escola para instrução de moças, cursos profissionalizantes, além de irmandade e movimentos leigos. Combateu o espiritismo, a maçonaria, o protestantismo e o comunismo.
Em 1920 foi eleito para Campinas. Deixou Pelotas e assumiu a diocese onde nasceu. Assim que chegou , muito rapidamente organizou uma primeira visita pastoral. Dom Barreto pagou as dívidas da cúria, adquiriu imóveis que alugou e com a renda construiu o Lar Sacerdotal para padres idosos, construiu um asilo, fomentou a criação da Universidade Católica de Campinas, duplicou o número de paróquias, trouxe novas comunidades religiosas para a diocese, fundou um jornal e publicou diversas cartas pastorais.
Apesar de tudo isso seu coração ainda se inquietava pela situação de muitas famílias que viviam matrimônios irregulares, distantes da fé e da doutrina da Igreja.
O encontro com Maria VilLac
Dom Barreto conheceu Maria Villac, uma jovem que carregava o desejo de ser religiosa. Maria Villac reunia algumas amigas em sua casa para rezar a Via Sacra, o Santo Terço e empreender obras de caridade.
Maria Villac, aconselhada pelo seu diretor espiritual, buscou uma audiência com Dom Barreto para pedir sua bênção e explicar o trabalhado do seu grupo. Dom Barreto ao ouvi-la, falou de sua intenção de fundar uma congregação religiosa e que ela era a enviada da Providência Divina para isso.